quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Jarapimo

Nascido em Corumbá, em 24 de novembro de 1937, José Ramão Pinto de Moraes, o Jorapimo (fusão das duas primeiras letras de cada nome do pintor), começou a pintar aos 14 anos inspirado pelas embalagens de medicamentos que traziam obras de grandes artistas como Van Gogh e Cândido Portinari. Aos 20 anos, decidiu mudar de cidade.
      Foi morar em Campinas - São Paulo e depois no Rio de Janeiro. Em uma entrevista ao Diário, o artista lembrou que o reconhecimento de sua arte ocorreu em virtude de sua ousadia pessoal. "Eu estava em um café de Campinas e ouvi dois americanos conversando sobre a abertura do Centro Cultural Brasil - Estados Unidos. Eles debatiam sobre potenciais atrações para o espaço. Pedi licença, entrei na conversa e propus uma exposição de artes. Foi um sucesso”, relembrou. Assim, Jorapimo divulgou seu trabalho e ganhou reconhecimento internacional.
      O artista ganhou reconhecimento por retratar a rotina do homem pantaneiro e as belezas naturais do Mato Grosso do Sul. Sua arte, ligada ao impressionismo, é marcada por traços singulares e fortes. Mesmo tendo passado um bom tempo fora de Corumbá, suas obras sempre retrataram o Pantanal e o amor por sua terra natal. “Quando percebi que meu trabalho era conhecido pelas pessoas mesmo sem a assinatura, vi que tinha valor. Assim fiz minha primeira exposição profissional em Corumbá em 1964”, contou.
      Jorapimo foi pioneiro da pintura moderna em Mato Grosso do Sul e um dos fundadores da AMA – Associação Mato-grossense de Artes. Participou de exposições em grandes centros do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e também em cidades do Japão, Bolívia, Colômbia, Alemanha e Estados Unidos. O artista plástico morreu na manhã deste domingo, 22 de novembro. Ele estava internado no Hospital Universitário de Campo Grande e faleceu por volta das 06h40. Jorapimo lutava contra problemas renais e um câncer.

Henrique

As produções de Henrique Splengler lembram fotogramas de um filme destinado a resgatar por meio da arte a saga dos índios de Mato Grosso do Sul.A maneira dos antigos cronistas-viajantes dos primeiros séculos de vida brasileira,o artista lançou um olhar amoroso sobre a história dos primeiros habitantes de nossa terra para recompô-la na linguagem dos signos.
Ao pesquisar a abstração dos padrões de desenhos de couros,cerâmicas e tatuagens dos kadieus, absorveu a essência das regionais e projetou-a na linguagem das linhas e da forma.Sua arte é única no painel da história.
Spengler desceu a memória de civilizações, contextualizou sua plasticidade nos limites do universal

ana ruas



 ANA RUAS (Ana Luisa Ruas), 1966 – Machadinho Artista Plástica e Arte-Educadora Formada em Artes Plásticas pela UPF (Universidade de Passo Fundo – RS) e com especialização pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Durante 6 anos morou em São Paulo e em 1996 radicou-se em Campo Grande, MS, destacando-se no cenário das artes locais e pelos projetos voltados à arte-educação. Sua pintura recobriu telas, fachadas e viadutos de superfícies de alvenaria e concreto. Participou em 2004 do projeto Intervenção no MARCO (Museu de Arte Contemporânea), pintando uma parede interna do Museu. Em 2001, criou o projeto a Cor das Ruas, oferecendo oficinas de pintura mural aos adolescentes dos bairros periféricos de Campo Grande.Em 2003, Levou a arte para as crianças que estudam em escolas pantaneiras, no coração do Pantanal Sul Matogrossense. Criou recentemente o projeto A Cor da Idade que abrange a terceira idade.
  Por sua reconhecida competência com pintura mural e a larga experiência de intervenções em espaços públicos, Ana Ruas é a artista que inaugura essa modalidade no museu, dando um novo sentido a uma área de acesso, criando dessa forma, um diálogo poético entre o edifício e a paisagem do parque onde está inserido. 
  Essa ideia é reforçada pela artista na escolha da cor verde que cobre a maior parte da área utilizada, integrando sutilmente o espaço interno ao externo, transformando as janelas em elementos de composição que permitem essa leitura. 
   Ana Ruas utiliza a imagem de antigos corrimãos e suas balaustradas como referência à estética clássica, tendo como modelo de desenho a escadaria de madeira da Morada dos Baís, um dos mais importantes exemplos da história arquitetônica e cultural de Campo Grande. 


Evandro prado


Entrevista Evandro Prado por Rodrigo Teixeira
Desde Humberto Espíndola, ninguém sacudiu a sociedade campo-grandense como Evandro Prado! A série Habemus Cocam, em que mistura Fidel Castro, Papa João Paulo II e Nossa Senhora com a Coca-cola provocou a revolta a igreja e de alguns vereadores da capital sul-mato-grossense, insistentes em mantê-la arcaica. Processado pelo arcebispo da cidade (faço questão de não citar seu nome. Q procurem no Google), fulminado por políticos em programas de tevê, acusado de ser um farsante, o jovem de apenas 20 anos Evandro Prado é um dos maiores talentos das artes plásticas do Centro-Oeste surgido na última década. Esta é a mais pura verdade!

Conceição das Bugrês


(texto de 1979)...Seu nome é Conceição Freitas da Silva. Dos rápidos golpes de facão e machadinha vão surgindo da madeira bruta os "bugres de Conceição", principal escultora de Mato Grosso. Com profunda necessidade de fazê-los para satisfazer sua criatividade e garantir-lhe a sobrevivência, os bugres aparecem, basicamente, com a mesma seriedade com que ela prepara a comida ou varre o chão. Evidentemente, o fato não é notado pela artista, que não vê nessas figuras nenhum vestígio de deformação mas, pelo contrário, identifica-se com elas. Como elas os bugres são rudes. Também são as mesmas, a pureza e a simplicidade.

Conceição, começou a trabalhar a madeira, quando um dia se pôs debaixo de uma árvore e por perto tinha uma cepa de mandioca. Esta cepa tinha cara de gente para ela. Pensou em fazer uma pessoa e a fez. Logo depois a mandioca foi secando e foi se parecendo com uma cara de velha, ela pensou. Gostou muito e depois passou a trabalhar a madeira.

Humberto Espindola

Humberto Augusto Miranda Espíndola (Campo Grande, 4 de abril de 1943) é um artista plástico brasileiro, criador e difusor do tema bovinocultura.
Bacharel em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná, Curitiba, em 1965, começa a pintar um ano antes. Também atua no meio teatral e literário universitário.
Painel no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
Espíndola apresenta o tema Bovinocultura em 1967, no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília. No mesmo ano é co-fundador da Associação Mato-Grossense de Arte, em Campo Grande, onde atua até 1972. Em 1973 participa do projeto e criação do Museu de Arte e Cultura Popular (que dirige até 1982) e colabora com o Museu Rondon, ambos da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. Em 1974 cria o mural externo, em pintura, granito e mármore, no Palácio Paiaguás, sede do governo estadual de Mato Grosso, e em 1983 é co-fundador do Centro de Cultura Referencial de Mato Grosso do Sul. Em 1979 colabora com o livro Artes Plásticas no Centro-Oeste, de Aline Figueiredo, que em 1980 ganha o Prêmio Gonzaga Duque, da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Em 1986 é nomeado primeiro secretário de cultura de Mato Grosso do Sul, permanecendo no cargo até 1990. Em 1996 cria o monumento à Cabeça de Boi, em ferro e aço, com 8 m de altura, na Praça Cuiabá, Campo Grande

Bando do velho jack

Dino Rocha

Instrumentista. Acordeonista. . Cantor.

Filho de músicos, sua mãe era alemã e o pai, paraguaio. Profissionalizou-se como sanfoneiro aos oito anos de idade. Em 1971, mudou-se paCompositorra a cidade de Campo Grande em Mato Grosso
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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tetê Espindola

Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola (Campo Grande, 11 de março de 1954) é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira. Atualmente mora no bairro de Moema, em São Paulo.
As características de sua carreira estão na multiplicidade, com incursões pela vanguarda, o pioneirismo regionalista, fusões do acústico com o eletrônico e experimentalismos com pássaros.

Tostao e Guarani

TOSTÃO E GUARANI - Com 21 anos de carreira, Tostão e Guarani é uma das duplas mais representativas da música de raiz de Mato Grosso do Sul. Até 1983, Tostão e Guarani eram integrantes de um trio formado por Cruzeiro, Centavo e Tostão. Cruzeiro, conhecido hoje por Aurélio Miranda, seguiu carreira solo e consolidou seu trabalho em todo o país. Centavo, que passou a se chamar Guarani, e Tostão formaram então a dupla que coleciona sucessos. Os dois já se apresentaram ao lado de grandes nomes como Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico, Matogrosso e Matias, Trio Parada Dura, entre outros.

Zacarias Mourão

Dados Artísticos

Compositor lendário e folclórico no mundo sertanejo, teve programas no rádio e na televisão, escreveu em diversas revistas especializadas no gênero sertanejo. Trabalhou na gravadora CID, onde produziu diversos discos. Teve diversos parceiros, entre os quais Goiá, com quem compôs seu maior sucesso, "Pé de cedro", que recebeu diversas gravações. Diversos artistas gravaram composições suas, entre os quais as Primas Miranda, que, em 1963, gravaram a guarânia "Luar de Aquidauana", de Zacarias e Anacleto Rosas Jr. Antônio e Antoninho, em 1958, gravaram a guarânia "Copo na mesa", de Zacarias e Goiá. Sid Biá, ainda em 1958, gravou o bolero "O que passou", de Zacarias e Pechincha. Tião Carreiro e Pardinho, em 1963, gravaram o grande sucesso "O cantar da Siriema" e Zilo e Zalo gravaram, em 1964, a guarânia "Feitiço espanhol", outra parceria de Zacarias e Goiá. Em sua obra destacam-se as guarânias e os rasqueados da fronteira mato-grossense e paraguaia. Em 1985, regressou à sua cidade natal e passou a dedicar-se à política. Morreu brutal e misteriosamente assassinado, em 1989. Em 1991 a dupla Milionário e José Rico gravou "Desventura", de sua parceria com Zé do Rancho.

Helena meirelles

foto de helena
Helena Meirelles (Bataguassu, 13 de agosto de 1924 — Presidente Epitacio, 28 de setembro de 2005) foi uma violeira, cantora e compositora brasileira, reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da denominada viola caipira (às vezes denominada simplesmente viola).
Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região. Sua primeira apresentação profissional em um teatro foi quando tinha 67 anos, e gravou dois discos em seguida. Em 1993, foi eleita pela pela revista americana Guitar Player (com voto de Eric Clapton), como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas.
Faleceu vítima de parada cardiorespiratória aos 81 anos, e deixou onze filhos.

Delio e Delinha

José Pompeu e Delanira Gonçalves Pompeu nasceram no distrito  de Vista Alegre, no município de Maracaju-MS. Primos e também Marido e Mulher, começaram  a Carreira Artística Profissional na década de 1950, época em que também se casaram. A dupla  cantou em  festas e programas de auditório, foram conquistando uma rápida e merecida popularidade, que incentivou o casal a seguir em frente com maiores desafios.
Pouco tempo depois de se unirem pelos Laços Matrimoniais, Délio e Delinha trocaram o Interior do então Mato Grosso,  pela Capital Paulista, onde atuaram nas Rádios "Bandeirantes" e "Nove de Julho".
Delinha contava com  19 anos de idade, na época. A mudança para São Paulo-SP foi incentivada pelo Compositor Sul Matogrossense Zacarias Mourão e, além de atuarem nas duas emissoras de rádio, a dupla assinou contrato com a gravadora Califórnia, e no dia  26/ de Março de 1959 ficou pronto o  primeiro Disco 78 rotações  (TC-1.045), tendo no Lado A o Rasqueado "Malvada" (Delinha - Délio) e no Lado B o Rasqueado "Cidades Irmãs" (Délio - Delinha). No ano seguinte, no dia 29/ Março /1960, a dupla gravou também na California o segundo  compacto em 78 rotações, sendo o Lado A o Rasqueado "Prenda Querida" (Delinha - Délio) e no Lado B a Guarânia "Meu Cigarro" (Délio - Delinha).


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Original e marcante. Assim é a música e a trajetória de Paulo Simões.

Carioca, optou por residir em Campo Grande, MS, onde passou parte da adolescência descobrindo amigos e futuros parceiros, como os irmãos Geraldo e Celito Espíndola, Geraldo Roca e Almir Sater.

Transitando entre Rio, São Paulo, Campo Grande e o Pantanal, onde gosta de pescar e compor, Paulo Simões vem reunindo um número significativo de admiradores para seu trabalho. Intérpretes como Sérgio Reis, Renato Teixeira, Sandy e Júnior, Diana Pequeno, Tarancon e outros, além do parceiro Almir Sater, contribuem para tornar suas canções conhecidas nacionalmente.

Seu primeiro disco individual data de 1992, ano em que recebeu o Prêmio Sharp de melhor compositor regional, com Paiaguás, em parceria com Guilherme Rondon. "Paulo Simões & o Expresso Arrasta-Pé Volume I", inclui suas composições mais conhecidas até então, como Trem do Pantanal (com Geraldo Roca), Comitiva Esperança e Sonhos Guaranis (com Almir) e o Lobo da Estrada (com Pedro Aurélio), esta última transformada em sucesso nacional por Sérgio Reis. O disco marca também o lançamento do selo Sauá, de Simões e Guilherme Rondon, responsável por incluir Mato Grosso do Sul no mapa fonográfico brasileiro.
Almir Eduardo Melke Sater nasceu em Campo Grande, MS, em 14 de novembro de 1956. Desde os 12 anos tocava viola. Com 20 anos, saiu da cidade natal e foi estudar direito no Rio de Janeiro. Pouco habituado com a vida da cidade grande, passava horas sozinho, tocando viola. Um dia, no largo do Machado, encantou-se com o som de uma viola tocada por uma dupla mineira. Desistiu da carreira de advogado e logo descobriu Tião Carreiro, violeiro que foi seu mestre.